Histórico Familiar de Pólipos ou Câncer? Saiba Como Prevenir
Quando se trata de câncer colorretal e pólipos, o histórico familiar desempenha um papel crucial. Estudos mostram que pessoas com parentes de primeiro grau diagnosticados com essas condições têm um risco significativamente maior de desenvolvê-las. Mas o que fazer para se proteger? A resposta está na prevenção, e a colonoscopia é uma das ferramentas mais importantes nesse processo.
O câncer colorretal é o segundo mais comum no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, estimaram-se cerca de 45 mil novos casos da doença. Apesar de sua alta incidência, é um tipo de câncer que pode ser prevenido e tratado precocemente com exames regulares, como a colonoscopia.
Para aqueles com histórico familiar, os números são ainda mais alarmantes: o risco de desenvolver câncer colorretal pode ser duas a três vezes maior do que na população geral. Por isso, conhecer o histórico médico da família é fundamental para orientar uma rotina de exames preventivos.
A colonoscopia é o exame mais completo e eficaz para avaliar a saúde do cólon e do reto, permitindo não apenas detectar, mas também tratar condições precocemente. Aqui estão as principais razões para sua importância:
Pólipos são pequenas lesões na mucosa do intestino grosso que, embora geralmente benignos, têm potencial de se transformarem em câncer colorretal. A colonoscopia permite não apenas identificar esses pólipos, mas também removê-los durante o procedimento, prevenindo a progressão para uma condição maligna. Isso é especialmente crucial em pessoas com histórico familiar ou em idades mais avançadas.
Doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa, podem causar dor, sangramentos e alterações no hábito intestinal. A colonoscopia é indispensável para identificar a extensão da inflamação, avaliar a gravidade e monitorar o progresso do tratamento. Essas condições, quando não tratadas adequadamente, aumentam o risco de câncer.
A presença de sangue nas fezes pode ser um sinal inicial de condições graves, como pólipos, câncer ou doenças inflamatórias. A colonoscopia é a única maneira de localizar a fonte exata do sangramento e determinar se ele está relacionado a um problema benigno ou maligno.
Além disso, o exame permite a realização de biópsias, retirando pequenos fragmentos de tecido para análise laboratorial. Isso ajuda a confirmar diagnósticos e planejar tratamentos direcionados, aumentando a eficácia do cuidado.
A periodicidade ideal da colonoscopia depende de vários fatores, como histórico familiar, idade e achados em exames anteriores. Aqui estão as principais orientações:
Para pessoas com histórico familiar de câncer ou pólipos colorretais, recomenda-se começar o rastreamento aos 40 anos ou 10 anos antes da idade do diagnóstico do familiar mais jovem. Por exemplo, se um parente foi diagnosticado aos 45 anos, o rastreamento deve começar aos 35 anos.
Pessoas com histórico familiar devem repetir a colonoscopia a cada 5 anos, enquanto indivíduos sem fatores de risco podem realizá-la a cada 10 anos, a partir dos 45 anos. Se pólipos forem encontrados e removidos, o intervalo pode ser reduzido para 3 anos, dependendo do tipo, número e tamanho das lesões.
O médico ajustará a frequência com base nos resultados de cada exame e no risco individual. Pessoas com condições inflamatórias intestinais ou histórico de câncer requerem monitoramento mais próximo.
Embora a colonoscopia seja essencial, a adoção de hábitos saudáveis desempenha um papel complementar e poderoso na prevenção de doenças gastrointestinais.
Inclua frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas. A fibra auxilia na formação de fezes saudáveis e na redução do tempo de trânsito intestinal, minimizando a exposição da mucosa a substâncias potencialmente carcinogênicas.
O tabagismo e o consumo abusivo de álcool estão associados ao aumento do risco de câncer colorretal. Reduzir ou eliminar esses hábitos é uma estratégia poderosa para a prevenção.
A obesidade está diretamente ligada ao aumento do risco de câncer colorretal. Praticar atividades físicas regularmente ajuda a controlar o peso, melhora a motilidade intestinal e reduz inflamações sistêmicas que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças.
Adotar essas medidas em conjunto com exames preventivos, como a colonoscopia, é a chave para uma saúde intestinal duradoura e uma melhor qualidade de vida.
Além de realizar exames preventivos, é fundamental prestar atenção aos sintomas que podem indicar alterações no intestino. Mesmo sinais aparentemente leves podem ser indicativos de condições sérias, especialmente quando ocorrem de forma persistente.
Pessoas com histórico familiar de pólipos colorretais ou câncer têm um risco consideravelmente maior de desenvolver câncer colorretal. Esse risco é ainda mais elevado em casos onde há um forte histórico familiar, como parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) diagnosticados com essas condições, principalmente quando o diagnóstico ocorreu antes dos 45 anos.
Além disso, famílias com dois ou mais parentes acometidos por câncer colorretal em gerações sucessivas apresentam maior probabilidade de síndromes hereditárias, que aumentam significativamente o risco de desenvolver a doença.
Se há casos de câncer colorretal em sua família, é importante conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar um aconselhamento genético. Esse processo ajuda a identificar a presença de síndromes hereditárias, como:
Responsável por até 3% dos casos de câncer colorretal, essa síndrome pode elevar o risco de câncer colorretal para até 80%. Está associada também a outros tipos de câncer, como endométrio, ovário e estômago. Critérios como os de Amsterdã ou Bethesda ajudam a identificar famílias que podem ter essa condição e indicar a realização de exames genéticos.
Uma condição que provoca o aparecimento de centenas de pólipos no cólon e reto, elevando o risco de câncer para quase 100%, geralmente antes dos 50 anos. O rastreamento com colonoscopia é iniciado precocemente, entre os 10 e 15 anos, e, em alguns casos, a remoção preventiva do cólon é recomendada na segunda década de vida.
Médicos utilizam critérios como os de Amsterdã ou Bethesda para identificar famílias que podem se beneficiar de exames genéticos. Esses critérios avaliam fatores como:
Mesmo sem atender aos critérios, pessoas com histórico familiar devem iniciar o rastreamento mais cedo, geralmente aos 40 anos ou 10 anos antes do diagnóstico mais precoce na família.
Com um histórico familiar relevante, o rastreamento precoce com colonoscopia é essencial. Em casos de síndromes hereditárias, o exame pode começar ainda mais cedo. Pólipos diagnosticados durante o rastreamento podem ser removidos antes de se tornarem cancerosos, reduzindo significativamente os riscos.
Síndromes como a polipose associada ao gene MUTYH e a síndrome de Peutz-Jeghers também aumentam o risco de câncer colorretal. A avaliação genética é essencial para famílias com padrões sugestivos dessas condições.
A identificação precoce e o monitoramento rigoroso são cruciais para prevenir complicações e melhorar as perspectivas de tratamento. Se você tem histórico familiar de câncer colorretal ou pólipos, procure aconselhamento médico e realize exames preventivos regularmente.
Se qualquer um desses sintomas se manifestar de forma persistente ou piorar com o tempo, é imprescindível procurar um especialista. Diagnósticos precoces aumentam significativamente as chances de tratamento eficaz e recuperação total.
A colonoscopia não é apenas um exame preventivo, mas uma ferramenta que pode salvar vidas. Para quem tem histórico familiar de pólipos ou câncer colorretal, o cuidado preventivo é indispensável. Lembre-se: Sinais persistentes são alertas do corpo de que algo pode não estar funcionando bem. Cuide da sua saúde e busque orientação médica!
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