Dr. Fernando Savóia

Residência pelo Hospital Sírio-Libanês – SP em Endoscopia Gastrointestinal Avançada - diagnóstica e terapêutica.

Possui anos de experiência profissional e atividade acadêmica internacional. Ajuda pessoas a viverem melhor através de consultas e exames direcionados.

Conheça

Dr. Fernando Savóia

CRM/PR 44866 | RQE 27366

O Dr. Fernando Savóia é um médico especializado em endoscopia digestiva. Oriundo de uma família dedicada à saúde e educação, seu pai é médico e sua mãe, professora. Sua formação acadêmica inclui medicina na Universidade do Sul de Santa Catarina, residência em cirurgia geral na Santa Casa de Porto Alegre, especializações no Hospital Sírio-Libanês, e atualmente está concluindo seu doutorado na USP-SP.


Acredita que ser uma referência profissional exige ser um ser humano excepcional, com valores sólidos e uma constante busca por conhecimento. Sua trajetória foi marcada por diversas experiências e aprendizados que moldaram quem ele é hoje. Seu objetivo é continuar evoluindo como pessoa e profissional, mantendo sua essência e virtudes, e ser uma figura respeitada e querida na sua área de atuação.

Confira

Jornada do Dr. Fernando Savóia

Graduação em Medicina (2009-2015)

Universidade do Sul de Santa Catarina

Título: Avaliação do risco cardiovascular em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) utilizando o índice SCORE.


Orientador: Prof.Dr. Ivânio Alves Pereira

Especialização - Residência médica (2016-2018)

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Residência médica em: Cirurgia Geral

Número de registro: 1530/2014/CNRM. 

Bolsista do: Ministério da Educação e Cultura, MEC, Brasil.

Especialização - Residência médica (2018-2020)

Hospital Sirio-Libanes

Residência médica em: Endoscopia Gastrointestinal

Número de registro: 710/2016/CNRM. 

Bolsista do: Ministério da Educação e Cultura, MEC, Brasil.

Especialização - Residência médica (2020-2021)

Hospital Sirio-Libanes

Residência médica em: Ano Adicional em Endoscopia Gastrointestinal (Ecoendoscopia e Via Biliar)

Número de registro: 637/2017/CNRM. 

Bolsista do: Ministério da Educação e Cultura, MEC, Brasil.

Doutorado (em andamento)

Universidade de São Paulo (USP)

Doutorado pelo departamento de gastroenterologia.



Atenção: todos os exames invasivos possuem potenciais riscos de complicações. Para saber mais e tirar todas as dúvidas, entre em contato!

Confira

Procedimentos

  • Endoscopia Digestiva Alta

    É um exame cuja função é avaliar e identificar possíveis alterações no esôfago, estômago e duodeno. Através desta análise, é possível realizar um estudo minucioso da mucosa do trato gastro digestivo superior bem como lançar mão de medidas terapêuticas para tratamento destas alterações.

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  • Colonoscopia

    É o exame responsável pela avaliação de todos os segmentos do cólon bem como do reto. Também possui a função diagnóstica e terapêutica. Pode-se afirmar que é o principal exame de rastreio do câncer colorretal.

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  • Retosigmoidoscopia

    É um exame realizado para avaliação dos segmentos finais do cólon e reto (reto, cólon sigmoide e, por vezes, o cólon descendente). Está indicado principalmente (porém não exclusivamente) para avaliação de afecções do canal anal.

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  • Ecoendoacopia

    Este exame combina endoscopia com ecografia, o qual permite a avaliação das várias camadas do tubo digestivo bem como os órgãos adjacentes do esôfago, estômago e duodeno.

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  • Enteroscopia

    Esta técnica permite a a avaliação do intestino delgado, porção está inacessível através da endoscopia digestiva alta e colonoscopia. Este exame permite, em tempo real, o estudo detalhado e a intervenção diagnóstica e terapêutica deste segmento do tubo digestiva. Na grande maioria das vezes, este exame complementa a cápsula endoscópica.

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  • Cápsula Endoscópica

    É um método de diagnóstico que consiste na utilização de uma pequena cápsula com uma câmara acoplada, a qual vai captando imagens do tubo digestivo. Está cápsula é deglutida até ser eliminada pelas fezes. Este exame está indicado principalmente (porém não somente) para visualização do intestino delgado. Vale ressaltar que este exame tem a função apenas diagnostica.

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  • Colangiopancreatografia Retrograda Endoscópica

    É um exame que utilizada, de forma simultânea, a endoscopia e a fluoroscopia (Raio-X) para diagnosticar e, principalmente, tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático. Habitualmente, quando indicado este exame, estes pacientes já foram submetidos a outros exames de imagem que ajudam a definir a melhor indicação deste exame.

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Veja

Especialidades

  • Doença do Refluxo Gastroesofágico

    Caracterizada pela passagem de conteúdo do estômago, geralmente ácido, para o esôfago, sem a presença de vômito. Apesar de ser um evento que pode ocorrer em pessoas saudáveis, episódios de refluxo frequentes, que causam sintomas, como azia e regurgitação, ou provocam lesões da parede esofágica, configuram a doença de refluxo gastroesofágico (DRGE). Entre os fatores de risco para a DRGE estão: obesidade, diabetes, tabagismo, hérnia do hiato, tratamento com estrogéneos e outros.

  • Hérnia do Hiato

    Ocorre quando há um deslizamento da porção mais alta do estômago para o tórax, através do hiato do diafragma. A hérnia do hiato é mais comum em pessoas com mais de 60 anos ou com obesidade. Normalmente, quando de pequenas dimensões, a hérnia do hiato não causa sintomas, porém pode ser responsável por uma alteração dos mecanismos de proteção contra a passagem de ácido do estômago para o esôfago, condicionando sintomas de doença do refluxo gastroesofágico.

  • Cancro do Esôfago

    Ocorre quando células normais do esôfago se tornam anormais e começam a produzir novas células descontroladamente. Na fase inicial, o cancro do esôfago não causa sintomas, mas o avanço da doença pode causar perda de peso, dificuldade em engolir, rouquidão e dor ou queimação no peito. Alguns dos fatores de risco conhecidos são: alcoolismo, tabagismo, obesidade, idade avançada e antecedentes de agressão esofágica prévia.

    Botão
  • Cancro do Estômago

    Ocorre quando as células do estômago se transformam em células anômalas e crescem de forma descontrolada. Inicialmente, não há sintomas, mas a progressão da doença pode causar anemia, perda de peso, azia, vômito, diminuição do apetite e outros. Entre os fatores de risco estão: histórico familiar de cancro gástrico, obesidade, tabagismo, idade avançada e infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

  • Cancro Colorretal

    É um tipo de cancro muito comum, que pode afetar o cólon ou reto. O cancro colorretal começa com o aparecimento de pólipos no tecido do intestino grosso, que crescem e se transformam em cancro. Inicialmente, os pólipos não são malignos e podem se removidos por colonoscopia antes de se degenerarem.

  • Helicobacter pylori (H. pylori)

    É uma bactéria que vive no estômago e, em alguns casos, pode causar sintomas como dor, estufamento, náuseas e vômitos. É o fator de risco principal para o câncer no estômago.

  • Gastrite

    É uma inflamação na mucosa do estômago que pode estar relacionada ao uso de medicamentos, álcool e com a bactéria H. pylori. Pode causar dor, empachamento, alteração do apetite, náuseas e vômitos.

  • Constipação

    É um dos distúrbios digestivos mais comuns na população, definido como uma frequencia evacuatória inferior a 3 vezes na semana. Pode estar relacionada à dieta e hábitos de vida, porém também pode ser secundária ao uso de medicamentos, transtornos neurológicos ou hormonais.

  • Síndrome do Intestino Irritável

    Doença que causa dor abdominal associada à mudança do padrão intestinal (diarréia ou constipação). Não existe um teste ou exame específico para seu diagnóstico, por isso, uma avaliação médica detalhada é fundamental.

  • Diverticulose Cólica

    Os divertículos são pequenas bolsas que se formam na parede do tubo digestivo, sendo mais frequentes no intestino grosso. Múltiplos divertículos são chamados de diverticulose, porém, por si só, a diverticulose não é considerada uma doença, a menos que haja a presença de sintomas relacionados aos divertículos, como dor abdominal intermitente ou distensão abdominal.

  • Pólipos Colorretais

     Agregados de células que se formam na camada de revestimento interno do intestino grosso. Como a maioria dos pólipos, não é maligno inicialmente, mas podem se tornar com o tempo. Qualquer um pode desenvolver pólipos colorretais, porém, pessoas com mais de 50 anos, com histórico familiar ou pessoal de pólipos ou cancro colorretal, e fumantes ou obesos são grupos de maior risco.

  • Colelitíase

    Formação de pedras na vesícula biliar, que podem se movimentar dentro da vesícula, causando inflamação do órgão a colecistite. Causa dor abdominal e vômitos após a alimentação. Ao migrar da vesícula, as pedras podem ficar impactadas no canal biliar, causando colangite e até pancreatite.

  • Diarréia Crônica

    Definida como três ou mais evacuações líquidas ao dia, por mais de 4 semanas. Causa grande impacto na qualidade de vida e pode ter inúmeras causas, como infecções, doença inflamatória intestinal, distúrbios hormonais e uso de medicamentos. O tratamento é direcionado conforme a causa.

  • Doença de Crohn

    Doença inflamatória crônica do intestino que pode afetar qualquer parte do tubo digestivo, sendo mais comum na porção terminal do intestino delgado e o intestino grosso. A causa da doença é desconhecida, mas consideram-se fatores de risco: idade, histórico familiar, tabagismo e local onde mora, visto que a doença é mais comum em pessoas que moram em áreas urbanas de países industrializados. Os sintomas mais frequentes da doença são dor abdominal, perda de peso e diarreia. 

  • Colite Ulcerosa

    Assim como a Doença de Crohn, é uma doença inflamatória crônica do intestino, que afeta a camada interna do revestimento do intestino grosso ou cólon. Os sintomas variam com a gravidade e com a porção de intestino grosso afetado, e são considerados fatores de risco a idade e histórico familiar.

  • Úlcera Péptica

    Ferida que ocorre na camada de revestimento interno do tubo digestivo superior. Pode estar localizada no estômago ou na primeira porção do intestino delgado. Geralmente, essas feridas são causadas pela infecção pela bactéria Helicobacter pylori ou por medicamentos anti-inflamatórios. Em cerca de 70% dos casos, as úlceras pépticas são assintomáticas, mas podem causar dor intensa na região do abdômen quando o ácido do estômago entra em contato com ela.

  • Hemorragia Digestiva

    Perda de sangue através de qualquer ponto do tubo digestivo. Por si só, a hemorragia digestiva não é uma doença, mas sim uma manifestação clínica de uma patologia subjacente. Seus sintomas variam conforme o local de origem da hemorragia no tubo digestivo e a sua gravidade.

  • Litíase Biliar

    Litíase biliar, ou cálculos biliares, são depósitos de líquidos digestivos “endurecidos” que se formam na vesícula biliar. Eles podem ser pequenos como uvas ou ficar do tamanho de bolas de golfe, e podem ser únicos ou múltiplos. Os cálculos se formam quando existe um desequilíbrio nos componentes da bílis, ou quando há mau funcionamento da vesícula biliar. Geralmente, não causam sintomas.

  • Doença Celíaca

    Doença causada pela ingestão de glúten. Pode causar dor abdominal, diarréia, flatulência, emagrecimento e desnutrição.

  • Dor Abdominal

    Pode estar relacionada à doenças do aparelho digestivo, vias urinárias e até mesmo ginecológica. A avaliação detalhada, através de história clínica e exame físico, direciona a investigação.

  • Intolerância à Lactose

    Dificuldade na digestão de leite e derivados. Pode causar dor abdominal, flatulência e diarreia. O tratamento é baseado na dieta com restrição de lactose e reposição enzimática.

Esteja atento!

Sintomas que podem indicar problemas gastrointestinais:

Se não forem tratadas precocemente, certas doenças intestinais podem evoluir e causar dano irreversível, por isso, não deixe de entrar em contato conosco caso você apresente algum desses sintomas frequentemente.

  • Cólicas persistentes;
  • Dores de estômago;
  • Má digestão;
  • Refluxo constante;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dificuldade em evacuar;
  • Gases excessivos;
  • Halitose;
  • Baixo peso;
  • Alterações gastrointestinais.

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Blog

Por Dr. Fernando Savóia 12 de março de 2025
Exames Digestivos na Gestação: Endoscopia e Colonoscopia com Segurança e Empatia Olá, sou o Dr. Fernando Savóia, endoscopista. Hoje quero conversar com você, gestante, sobre um assunto que costuma gerar dúvidas e apreensão: a realização de exames digestivos durante a gravidez, em especial a endoscopia digestiva alta (EDA) e a colonoscopia. Sei que a gestação é um momento especial e que qualquer procedimento médico invasivo pode preocupar as futuras mamães. Meu objetivo aqui é explicar de forma clara e empática quando esses exames são realmente indicados, quais são os riscos e benefícios envolvidos, e como asseguramos a segurança tanto da mãe quanto do bebê durante todo o processo. Afinal, o cuidado especializado e a experiência profissional fazem toda a diferença para um atendimento seguro. Vamos por partes, abordando as principais questões: Indicações de Exames Digestivos na Gestação Em um mundo ideal, conseguiríamos postergar qualquer exame invasivo até após o parto. Porém, algumas situações durante a gravidez podem justificar a necessidade de uma endoscopia ou colonoscopia mesmo antes do bebê nascer. As diretrizes médicas recomendam que esses procedimentos só sejam realizados na gestação quando há uma forte indicação clínica, ou seja, quando não os fazer poderia trazer mais risco à mãe ou ao feto​. Quais seriam essas indicações? De acordo com estudos e recomendações de sociedades médicas, os principais motivos incluem: Hemorragia digestiva significativa ou persistente: Sangramentos no trato gastrointestinal (alto ou baixo) podem ameaçar a saúde materna e exigem investigação imediata​​. Por exemplo, vômitos com sangue ou sangramento retal volumoso são sinais de alerta que muitas vezes justificam uma endoscopia ou colonoscopia de urgência para identificar a causa do sangramento​. Náuseas e vômitos severos e refratários: É comum ter enjôos na gravidez, mas em casos extremos (como na hiperêmese gravídica) ou diante de dor abdominal intensa associada a vômitos persistentes, pode ser indicada uma endoscopia digestiva alta para investigar úlceras ou obstruções que estejam agravando o quadro (Vale notar que, para casos de vômitos típicos da gestação sem sinais de gravidade, geralmente tentamos tratamento clínico primeiro, evitando endoscopia desnecessária​). Dificuldade para engolir ou dor ao engolir: Se a gestante apresenta disfagia (dificuldade para engolir alimentos ou líquidos) ou odinofagia (dor ao engolir), especialmente acompanhadas de perda de peso ou desnutrição, uma endoscopia pode ser fundamental para diagnosticar e tratar a causa (por exemplo, úlceras severas ou estenoses no esôfago)​. Suspeita de condições graves no intestino grosso: Embora evitada de rotina, a colonoscopia pode ser indicada durante a gravidez se houver suspeita forte de massa ou tumor de cólon, ou em casos de diarreia severa sem diagnóstico onde se suspeita de doença inflamatória intestinal ativa​. Ninguém quer submeter uma gestante a colonoscopia desnecessariamente, mas se há sinais preocupantes (como sangramento intestinal importante, risco de câncer de cólon ou colite grave), o exame pode salvar duas vidas – a da mãe e a do bebê – ao permitir um diagnóstico e tratamento precoces. Pancreatite biliar ou colangite (infecção das vias biliares): Gestantes podem ter cálculos (pedras) na vesícula ou no ducto biliar causando pancreatite ou infecção. Nesses casos, às vezes é necessária uma endoscopia terapêutica (como a CPRE, um tipo especial de endoscopia) para desobstruir o canal biliar. Isso foge um pouco da EDA/colonoscopia diagnóstica tradicional, mas vale citar que, diante de um quadro grave biliar, a endoscopia é preferível a uma cirurgia durante a gestação, pois resolve o problema com menos invasão​. Em resumo, somente indicamos EDA ou colonoscopia na gravidez se os benefícios superarem claramente os riscos. Sintomas leves de gastrite, azia controlável, constipação leve – esses geralmente conseguimos manejar com medicamentos seguros para gestantes e medidas dietéticas, deixando exames invasivos como último recurso. O foco é sempre proteger você e o bebê. Riscos e Benefícios: O Que a Gestante Precisa Saber Vamos falar agora sobre os riscos potenciais versus os benefícios de se realizar uma endoscopia ou colonoscopia na gravidez. É natural ter medo do desconhecido, então quero esclarecer cada ponto com base em evidências médicas. Riscos potenciais para a mãe e o bebê: Os estudos mostram que o maior perigo para o feto durante um procedimento desses não é o endoscópio em si, mas sim fatores indiretos, como medicações e alterações na mãe durante o exame. Por exemplo, a sedação usada no exame pode baixar a pressão arterial da mãe ou reduzir sua oxigenação se não for bem monitorada, e isso, por sua vez, pode diminuir a oxigenação do feto​. Daí a importância de uma equipe treinada e de usar a menor dose possível de sedativos. Alguns medicamentos em altas doses poderiam, teoricamente, afetar o desenvolvimento do bebê (teratogenicidade), especialmente no primeiro trimestre​. Além disso, existe um risco pequeno de complicações do próprio exame, como perfuração do órgão examinado ou sangramento pós-biópsia, mas esses eventos são muito raros quando o procedimento é feito por profissionais experientes. No caso da colonoscopia, há também o desconforto do preparo intestinal e o risco de desidratação se o preparo não for bem orientado – mais um motivo para acompanhamento próximo. Riscos potenciais para o bebê: As principais preocupações são hipóxia fetal, trabalho de parto prematuro ou aborto. O bebê depende da oxigenação materna, então mantemos um cuidado rigoroso para que a mamãe esteja bem oxigenada, sedada na medida certa (sem “exagero” de sedação) e posicionada adequadamente durante o exame para não comprimir vasos sanguíneos importantes​. Procedimentos no primeiro trimestre trazem um risco natural maior de aborto espontâneo (independentemente de qualquer intervenção, pois é o período mais delicado da formação embrionária) – por isso, se pudermos adiar para o segundo trimestre, melhor. No terceiro trimestre, o maior risco seria induzir contrações ou um parto prematuro, especialmente se a mãe já tiver predisposição. Fique tranquila, esses riscos são manejáveis e bastante baixos quando todos os cuidados são tomados​. Por exemplo, uma pesquisa que acompanhou dezenas de gestantes submetidas a endoscopias mostrou que nenhuma delas entrou em trabalho de parto ou teve malformação fetal devido ao procedimento, ocorrendo apenas um caso de aborto em segundo trimestre entre quase cinquenta mulheres avaliadas​. Ou seja, complicações graves são exceção da exceção. Benefícios e por que vale a pena quando indicado: Se o seu médico está recomendando um exame desses durante a gravidez, é porque o benefício esperado supera os riscos. Pense assim: identificar e tratar precocemente uma causa de sangramento gastrointestinal pode salvar a vida da mãe, corrigir anemia severa e impedir danos ao bebê por falta de oxigênio. Tratar uma úlcera sangrante via endoscopia é muito menos invasivo do que uma cirurgia de emergência no estômago, por exemplo – e cirurgia na gravidez tem riscos ainda maiores. Da mesma forma, diagnosticar uma colite grave e instituir o tratamento adequado pode evitar complicações que colocariam a gestação em perigo. Segundo especialistas, quando há indicação clara, o endoscópio pode ser um aliado seguro na gravidez, evitando procedimentos radiológicos com radiação ou cirurgias abertas​. Em suma, o maior benefício é cuidar da saúde materna sem esperar meses até o parto, pois a saúde da mãe impacta diretamente a do bebê. Bebês de mães gravemente doentes correm mais riscos do que bebês de mães que foram diagnosticadas e tratadas prontamente. Aqui vale aquela máxima: o que é bom para a mãe, é bom para o bebê – mães saudáveis tendem a ter bebês saudáveis. Segurança e Protocolos Médicos: Como Procedemos A segurança é a nossa prioridade número um. Diversas normas e protocolos médicos norteiam a realização de endoscopias e colonoscopias em gestantes, todos com um objetivo principal: minimizar qualquer risco para mãe e feto, garantindo o máximo de benefício diagnóstico/terapêutico. Vou detalhar como nos preparamos e conduzimos esses exames de forma segura: 1. Momento ideal do exame: Sempre que possível, planejamos o exame para o segundo trimestre da gestação (aproximadamente entre a 14ª e 27ª semana)​. Esse período é considerado o mais “seguro” porque o bebê já passou pelas fases iniciais de formação de órgãos (reduzindo risco de teratogenia) e ainda não é grande o suficiente para tornar o procedimento desconfortável ou aumentar risco de parto prematuro. No primeiro trimestre, a recomendação é adiar o exame a menos que seja absolutamente necessário​. Já no terceiro trimestre, evitamos procedimentos eletivos pois o útero grande pode dificultar a realização do exame e aumentar risco de contrações; só faremos se for algo urgente que não pode esperar algumas semanas até o parto. Em outras palavras: se dá para esperar, a gente espera; se não dá, fazemos no timing mais seguro possível. 2. Avaliação prévia e acompanhamento obstétrico: Nenhuma gestante entra na sala de endoscopia sem antes ter uma avaliação cuidadosa do obstetra. É importante trabalhar sempre em conjunto com o obstetra que acompanha a gravidez, discutindo a real necessidade do exame e quaisquer precauções adicionais. Em casos de emergência em atender uma gestante, solicitamos a presença (ou pelo menos o aval) de um obstetra de plantão. As diretrizes internacionais reforçam que todo exame endoscópico em grávidas deve contar com supervisão obstétrica, inclusive para decidir o nível de monitoramento do bebê durante o procedimento​. Esse trabalho em equipe garante que tanto a saúde digestiva quanto a saúde gestacional estejam sendo cuidadas de forma integrada. 3. Sedação e anestesia seguras: Este talvez seja o ponto que mais preocupa as pacientes: "Qual medicamento vou receber? Faz mal pro bebê?" Fique tranquila – usamos medicações sedativas consideradas seguras na gestação, em doses mínimas efetivas. Na prática, para endoscopias diagnósticas, preferimos a sedação moderada (consciente) em vez de anestesia geral profunda. A sedação é cuidadosamente ajustada para garantir conforto à paciente sem comprometer a segurança da mãe e do bebê. Utilizamos uma abordagem equilibrada, com medicamentos como fentanil e midazolam em doses ajustadas, sempre priorizando a mínima intervenção necessária. Para casos que exigem um nível de sedação mais profundo, como colonoscopias mais demoradas ou procedimentos terapêuticos, contamos com um médico anestesiologista, que pode administrar propofol – um agente de ação rápida e considerado seguro quando utilizado com monitoramento adequado. Toda a sedação é calculada com extrema cautela, levando em conta as mudanças do corpo da gestante, como a alteração no metabolismo dos medicamentos e a maior sensibilidade das vias aéreas. Durante todo o procedimento, a mãe é monitorada quanto aos sinais vitais – frequência cardíaca, pressão arterial, nível de oxigênio no sangue – garantindo sua estabilidade e, indiretamente, o bem-estar do bebê. 4. Cuidados com posição e oxigenação: Durante a realização do exame, pequenos detalhes fazem grande diferença. Colocamos a paciente em decúbito lateral esquerdo (deitada sobre o lado esquerdo) ou com uma leve inclinação pélvica para a esquerda​. Essa posição evita que o útero comprima a veia cava inferior, o grande vaso que leva sangue de volta ao coração – se essa veia ficar comprimida, pode cair a pressão materna e a circulação para o útero diminui​. Com a posição correta, mantemos o fluxo sanguíneo ideal para o bebê. Também administramos oxigênio suplementar pela cânula nasal durante o exame, mesmo que a saturação da mãe esteja boa, como precaução extra para assegurar níveis ótimos de oxigênio. E lembrando: jejum rigoroso antes do exame! Orientamos a gestante a respeitar o jejum de 8 horas para sólidos (e um jejum menor para líquidos claros), reduzindo muito o risco de regurgitação e aspiração de conteúdo ácido do estômago durante a sedação – isso é importante em qualquer pessoa, mas especialmente na grávida, porque o estômago demora mais para esvaziar e o útero empurra tudo para cima, aumentando a chance de refluxo. Segurança começa com a preparação adequada. 5. Monitoramento fetal: Uma dúvida comum é "O bebê será monitorado durante a endoscopia?". A resposta depende da idade gestacional e da disponibilidade de recursos. Em gestações mais iniciais (primeiro e segundo trimestres até cerca de 24 semanas), o feto é muito pequeno para um monitoramento contínuo efetivo; então normalmente checamos os batimentos cardíacos fetais com um doppler antes do início do exame e logo após o término, confirmando que estão normais​. Já em gestações mais avançadas (acima de ~24 semanas), quando o bebê já é viável e mais sensível a alterações, é recomendado fazermos um monitoramento eletrônico fetal e de possíveis contrações uterinas antes e depois do procedimento​. Em alguns casos, se o exame for prolongado ou a paciente tiver fatores de risco, podemos monitorar o bebê continuamente durante a endoscopia – isso requer uma estrutura de sala cirúrgica com cardiotocógrafo e, de preferência, presença de um obstetra ou enfermeira obstétrica ao lado. Em locais adequados (como hospitais com UTI neonatal disponível), esse monitoramento contínuo durante o exame traz ainda mais tranquilidade de que o bebê está bem o tempo todo​. Reforçando: a decisão de monitorar contínuamente é individualizada; nem sempre é necessário, mas em gestações avançadas nós preferimos pecar pelo excesso de cuidado. E claro, se houver qualquer alteração (por exemplo, contrações uterinas durante o exame, ou queda do batimento fetal após), temos protocolos de ação rápida junto com a equipe de obstetrícia. 6. Contraindicações absolutas: Poucas situações realmente impedem a realização de um exame endoscópico numa grávida quando ele é necessário, mas vale citar: se a gestante estiver com um quadro de descolamento prematuro de placenta, trabalho de parto iminente, ruptura de bolsa ou eclâmpsia não controlada, então o exame digestivo fica contraindicado naquele momento​. Primeiro estabiliza-se a condição obstétrica emergencial, pois essas situações põem em risco imediato a vida do bebê (e da mãe, no caso de eclâmpsia). Fora desses casos, praticamente todas as outras condições podem ser manejadas para viabilizar o exame com segurança. Seguindo todos esses protocolos, a literatura médica e nossa experiência prática indicam que endoscopias e colonoscopias podem ser realizadas com segurança em gestantes, desde que com indicações precisas e todos os cuidados acima. Institutions internacionais renomadas como a Mayo Clinic, a Harvard Medical School e o American College of Gastroenterology reafirmam que, com a técnica adequada e monitorização, o risco desses exames na gravidez é baixo e aceitável frente à necessidade clínica. Em síntese, você não está desamparada: se precisar fazer o exame, estaremos preparados para cuidar de você e do seu bebê em cada detalhe. Cuidados Especiais: Sedação, Recuperação e Monitoramento Pós-Exame Após o procedimento, a gestante continua sendo observada até que esteja completamente desperta e estável. O pós-exame imediato envolve checar novamente os batimentos fetais (nos casos em que a idade gestacional já permite ausculta fetal) e certificar que não há contrações uterinas ou qualquer sinal de sangramento ou complicação. A recuperação da sedação em grávidas costuma ser semelhante a de outras pessoas, embora alguns medicamentos possam deixá-la um pouco mais sonolenta ou com náuseas – sintomas esses que monitoramos e tratamos conforme necessário. Uma dúvida comum é sobre amamentação (no caso de gestantes que já têm um bebê lactente em casa ou pensando adiante, após o parto): alguns sedativos, como o fentanil e o propofol, são compatíveis com a amamentação assim que a mãe se recupera, sem necessidade de descartar leite. Já o midazolam, se for utilizado, requer um intervalo de cerca de 4 horas antes de retomar a amamentação, para garantir eliminação do fármaco​. Eu sempre oriento essas condutas no pós-exame caso a paciente já esteja amamentando outro filho ou pretenda amamentar logo depois do parto. Novamente, tudo pensando em segurança para o bebê e tranquilidade para a mamãe. Vale ressaltar que, diferente de exames radiológicos, a endoscopia digestiva não envolve radiação (exceto em procedimentos específicos como CPRE, onde tomamos cuidados rigorosos de proteção caso haja necessidade de radioscopia). Portanto, não há exposição radioativa ao bebê em uma endoscopia ou colonoscopia diagnóstica comum, o que já elimina um dos temores que muitas pacientes têm em relação a exames durante a gravidez. Por fim, após receber alta do exame, as orientações incluem: repouso relativo no restante do dia, hidratação abundante (principalmente se houve preparo intestinal para colonoscopia), manter alimentação leve conforme tolerado e observar qualquer sintoma anormal.  Eu faço questão de estar acessível após o procedimento para qualquer intercorrência ou dúvida que surja. Felizmente, na imensa maioria das vezes, as pacientes grávidas toleram super bem a endoscopia/colonoscopia e podem retomar suas rotinas normais no dia seguinte, seguindo sempre as recomendações do obstetra para a continuação do pré-natal.
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O câncer colorretal é uma das formas mais comuns e letais de câncer, mas é também um dos mais evitáveis e tratáveis quando diagnosticado precocemente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e em mulheres no Brasil. A taxa de incidência global também é significativa, tornando essencial a conscientização geral sobre métodos preventivos e diagnósticos. Este texto tem como objetivo fornecer uma visão abrangente sobre o câncer colorretal, abordando sua prevenção, diagnóstico e o papel crucial de exames como a colonoscopia e a endoscopia.

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